Piercing e seus cuidados

Quem está pensando em aderir à moda deve procurar um profissional de confiança e cuidar adequadamente do local até a cicatrização. E, claro, pensar muito bem onde colocar o adereço.


A moda do piercing pegou de verdade e está se tornando cada vez mais popular. Antigamente, quem usava um dos seus variados modelos (argola, labret bolinha, barbel, captive, alargador, banana...) costumava ser discriminado. Hoje é comum encontramos adolescentes, jovens e adultos que têm ou pensam em colocar um brinquinho pendurado em algum lugar inusitado – umbigo, nariz, sobrancelha, lábios, língua... O adorno, no entanto, pode ser transformado num problema de saúde se o candidato não tiver cuidados de higiene durante a colocação e a cicatrização.

Vaidade dolorida

“Quando a pessoa fura a pele, abre caminho para uma série de impurezas penetrarem no local”, avisa a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. A partir daí, a área fica vulnerável a inflamações.
O dermatologista Eduardo Lacaz Martins, médico-assistente da Faculdade de Medicina do ABC acrescenta que também pode haver a formação de quelóides (cicatriz exagerada). Aliás, as pessoas que têm predisposição ao problema devem esquecer o piercing, porque o resultado estético não é nada bonito.
Mais radical, o dentista Olympio Faissol, do Rio de Janeiro, é totalmente contra o uso de piercing, especialmente na língua. “É um local muito vascularizado e um furo abre as portas para infecções graves”, alerta dr. Faissol.
Ele acrescenta: “Se o objeto não for de ouro, de platina ou de uma liga de 85% dos dois elementos o risco é ainda maior. O objeto pode causar reações químicas no organismo e até levar à morte.”

Higiene e cuidados

Escolher um bom body piecer – profissional que faz o furo – é o ponto de partida para evitar arrependimento. Ele deve usar material descartável (cuidado com o vírus da Aids e da hepatite C), além de trabalhar num espaço totalmente higienizado.
O dermatologista Eduardo Lacaz Martins orienta para o passo seguinte: “O local do furo deve ser muito bem limpo até a sua cicatrização, o que, dependendo da região pode demorar meses. O uso de antibióticos locais também é conveniente.”
Outras recomendações são: evitar o atrito com roupa ou travesseiro, ficar longe do sol, não entrar na piscina, no mar ou na sauna e movimentar o piercing para que não cicatrize junto com a pele, além de ficar atento a qualquer sinal de infecção. É normal a região ficar dolorida nos primeiros dias. Mas se a dor aumentar, procure um médico.

Tipos e riscos dos piercings

Dependendo do local em que é colocado, o adereço pode oferecer maior ou menor risco

• Língua
Risco de infecção: muito grande. O local é muito vascularizado, por isso de difícil cicatrização, tornando-se uma porta aberta para infecção.

• Mamilo
Risco de infecção: moderado. É preciso tomar cuidado com o atrito da roupa, que pode causar irritação.

• Nariz
Risco de infecção: grande. O local é úmido e está permanentemente em contato com a poluição.

• Orelha
Risco de infecção: moderado. A orelha está sempre exposta à ventilação e é fácil de limpar.

• Sobrancelha
Risco de infecção: grande. Como muitas pessoas se esquecem de enxugar bem a região, ela fica úmida e exposta a bactérias.

• Umbigo
Risco de infecção: grande. O atrito da pele e das roupas podem trazer infecções e dificuldade na cicatrização.

Fonte: http://www.naboa.com/

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